Sinopse
"Angústia", escrito durante a repressão do governo Getúlio Vargas, reflete o desassossego do autor em tempos de insegurança. A obra mergulha nas intrigas e na instabilidade emocional do narrador, que se sente como um "molambo" desgastado pela vida urbana. Suas reflexões revelam a falta de tranquilidade e a perda da inocência em um mundo opressivo. A angustiante atmosfera do livro espelha as tensões sociais da época, enquanto o autor expressa seu desconforto com a realidade. Curiosamente, Graciliano Ramos foi preso logo após revisar as últimas páginas, simbolizando a repressão vivida por muitos naquele período.
Indicado para: a partir de 15 anos, EM
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MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA
"Angústia" de Graciliano Ramos é uma obra-prima da literatura brasileira, publicada em 1936, que mergulha nas profundezas da psique humana e explora os dilemas existenciais de seu protagonista, o aspirante a escritor Luís da Silva. Ambientado em uma cidade do nordeste do Brasil, o romance se desenrola em um cenário marcado pela solidão e pelo desespero, onde a angústia do personagem se torna um reflexo das contradições sociais e emocionais do Brasil da época. A narrativa é permeada por uma forte carga introspectiva, apresentando os pensamentos e as emoções de Luís, que se sente desconectado do mundo ao seu redor. Ele vive em um estado constante de incerteza e insegurança, lutando contra os fantasmas de seu passado e a pressão das expectativas sociais. Graciliano Ramos utiliza uma prosa precisa e contundente, com uma linguagem que reflete a angústia e a melancolia do protagonista, criando uma atmosfera opressiva que cativa o leitor. Através das interações de Luís com outras personagens, como sua amante e seus amigos, o autor explora temas como a solidão, o amor, a traição e a busca por sentido em uma vida que parece vazia. A obra questiona as normas sociais e a moralidade, desafiando o leitor a refletir sobre sua própria condição e as relações humanas. "Angústia" é mais do que um relato sobre um indivíduo; é um retrato do ser humano em sua essência, confrontando a dor e a busca por compreensão em um mundo indiferente. Graciliano Ramos, com seu estilo único e profundo, nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e a confrontar nossas próprias angústias e incertezas.
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