
Sinopse
"Marília de Dirceu" reúne a maior parte da breve produção de Tomás Antônio Gonzaga. As liras da obra não são apenas um extravasamento amoroso, mas dialogam com os contextos políticos e sociais do século XVIII, muitas compostas durante o cárcere antes de seu exílio. Marcada pelo dualismo entre arte e realidade, passado e presente, a obra influenciou a literatura brasileira, prenunciando o Romantismo. Em uma época em que o Brasil ainda era parte do Império Português, Gonzaga deu passos importantes em direção a uma literatura nacional.
Indicado para: 12 — 15 anos, EF2
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA
"Marília de Dirceu" é uma das mais célebres obras da literatura brasileira do período colonial, escrita por Tomás Antônio Gonzaga. Publicada originalmente em 1792, a obra pertence ao movimento arcadista e é composta por uma série de liras que exaltam o amor do pastor Dirceu por Marília, inspirada em Maria Doroteia Joaquina de Seixas, musa real do autor. As liras são caracterizadas por uma linguagem simples, porém elegante, expressando sentimentos de amor, saudade e idealização da vida bucólica. O poeta, sob o pseudônimo de Dirceu, retrata um amor puro e idealizado, conforme os princípios clássicos do Arcadismo, que valoriza a natureza, a simplicidade e o retorno a uma vida campestre. A obra reflete, também, a dor da separação, pois Gonzaga foi preso e exilado devido à sua participação na Inconfidência Mineira. "Marília de Dirceu" é uma leitura essencial para quem deseja compreender a literatura brasileira do século XVIII e o contexto histórico de uma época marcada por ideais de liberdade e mudança. O livro não só representa um marco do Arcadismo, mas também uma importante expressão dos sentimentos de uma geração.
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