PEQUENOS VERMES INVISÍVEIS: o estudo de Athanasius Kircher sobre a praga
Em plena devastadora praga italiana de 1656, o grande polímata Athanasius Kircher apontou seu espírito sempre inquisidor à então misteriosa doença, tornando-se possivelmente o primeiro a observar sangue infectado em um microscópio. Embora suas teorias posteriores sobre a geração espontânea e o “esperma universal” foram facilmente desacreditadas, a investigação de Kircher pode ser vista como um importante primeiro passo para a compreensão do contágio e, talvez, até como um primeiro enunciado da teoria microbiana. O contraste da atitude da cidade de Roma no século 17, prontamente impondo uma quarentena forçada para reduzir o contágio e o número de mortos, contrasta com a visão no século 21, diante da pandemia global COVID-19, de alguns ‘governantes’ que, em uma análise rápida, parecem ainda racionar com os rudimentos da sabedoria da Idade Média.
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